07 abril, 2010

vida ventada

deixa soprar o vento da vida,
deixa curar teus medos ocultos.
o vento que leva e trás, e tira e dá.
o vento que bate na cara na aurora
gelada.
que lembra meu ser a delícia do ver.
do ter, você.
e numa vontade desgarrada, daqueles
que sabem e sofrem,
que leem e entendem,
que pensam e sentem;
nessa vontade eu vivo depressa, sem pressa,
no auge do declínio de uma existência pífia.
e sorrio feliz, inventando minha vida ao vento.

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