13 setembro, 2010

o calor de setembro

/a estação mudou, junto com os anos.
e se os atros que desalinharam ou ela
que foi se deitar em outro ninho, não sei.
A desordem, o caos, lençóis, cigarros,
ascendentes bêbados com lágrimas de ouro.
Companheiros de som, de letra, de língua,
de sorrisos que abraçam queimando o (f)rim.
AMIGOS: dela. meus. nossos. ela e eu: uma.
a luz da tarde que cai com o riso que cresce
se lavam em café extra forte, sem açúcar com
poesia. é amor de virgem (ou de peixes)/.

07 setembro, 2010

Agosto passou...

..inteirinho. 
daquele jeito que só um agosto sabe passar. meio sem fim, meio chato, quente e frio. um agosto cheio de dias, dias cheio de horas, e horas que demoraram a passar. Um agosto de blusão de lã, shorts e as primeiras sandálias. E nesse mês de agosto, que acabei de citar, não escrevi. nem uma linha. Ao menos não aqui. E se tantos dias, e tantas horas e sandálias, e também tantos sentimentos houveram, não sei porque não houve linha.
Dizem que a felicidade não gera literatura; e que a tristeza por sua vez, essa sim, rende os mais bonitos escritos. Não sei se concordo.
Será que isso significaria que andei feliz pelo mês de agosto? pode ser. Mas isso significaria dizer que agora estou triste, já que estou escrevendo. ou talvez; apenas, que já é setembro.
Estou triste. mas por perceber que não escrevi nenhuma linha e agosto; e agosto passou, cheio de dias e horas. e não voltará, e eu não escrevi; e agora me sinto uma tola, por tentar recuperar o que não escrevi em agosto, aqui escrevendo sobre agosto.
sabe que num desses dias do mês-mais-cheio-de-dias fiz aniversário? pois é, uma função. lembro de peixe cru com arroz, sacolas, chapéus e um suco que chamavam de louco; meus pés latejando no outro dia. De fato muitas outras coisas aconteceram, afinal, pra preencher todo aquele bando de horas, mas nem vale a pena querer citá-las, já vale sentí-las, e tê-las vividas.
E como disse, estou triste. Não apenas pela tentativa frustrada de remendar o não-dito em agosto. triste pelo vinho branco que ontem comemorava seis meses num bar distante, e que hoje virou lágrimas de sangue azedo nas nossas caras. Pelo filme romance-cult que vimos a poucas horas, e agora já é um Bang-Bang sem mocinho nenhum, só vilões. ou vilãs. eu e tu.
cara, o que fizeram desse tal de setembro?