27 maio, 2010

LOST-Leigos?

Tanto se falou de LOST. E não foi só nessa semana, mas nos seis anos que a série esteve no ar. Eu não assisti nem um episódio do inicio ao fim, não tive interesse em acompanhar e não tenho conhecimento significativo sobre a história. É inegável, porém, que LOST afetou muitas pessoas, alterou rotinas, pensamentos e teve uma repercussão imensa.
Ao que se deve este sucesso? Seria apenas por se tratar de uma série bem feita? Pelos efeitos especiais? Pela história mística e/ou misteriosa? Por preencher um vazio de significado que todos têm? Ou ainda pela possibilidade de encontrarmos respostas para as nossas próprias vidas através daquelas ali retratadas? Talvez.
Algo no que acredito - baseado no que li - é que realmente o principal da série era a vida das pessoas, as relações entre os indivíduos, entre os grupos humanos; e o resultado que sai disso tudo; e não a ilha onde a história se passa - muitas vezes chamada de “protagonista”da história.
O final poderia ter sido diferente? Claro. Sempre pode, tanto na ficção quanto na realidade. Mas assim como a série foi criada por alguém que precisava definir um final; também na nossa própria vida nós escolhemos como conduzi-la até chegar ao inevitável fim – que agradará alguns e decepcionará outros tantos pela falta de sentido, importância ou realizações. Ao final, o final em si é o que menos importa.
O seriado em questão é apenas o pivô de algo que entendo muito maior: a complexidade das relações humanas, da inteligência que buscamos e desenvolvemos e da nossa capacidade criativa. Cada um desses itens podendo desdobrar-se infinitamente.
Agradeço ao Thiago que teve a difícil missão de, em meia dúzia de parágrafos, me explicar tudo o que a série levou todos esses anos, e o tão comentado episódio final. Foi essa explicação que me motivou a ler um pouco mais sobre o assunto e escrever o post. Não queria deixar tantos outros leigos na cultura LOST perdidos sobre o por quê (no meu ponto de vista) ela foi tão importante e comentada.
Espero que outras séries, filmes, músicas, livros e todos aqueles meios de cultura em massa busquem não apenas entreter, mas também trazer algum aprendizado, alguma reflexão, conversas nos intervalos de aulas e em mesas de bar, interações reais entre as pessoas que - assim como os personagens fictícios de LOST - vão construindo suas vidas e definindo suas personalidades com a [grande] ajuda e/ou influência daqueles ao redor.

2 comentários:

Laurie disse...

Joana Caselani:

super adorei o post e concordo plenamente! pra quem vê de fora tu entende bem =D óbvio que se um dia tu quiser olhar e me explicar em toda a tua sabedoria toda a parte filosófica por trás desse seriado eu agradeço pq ainda reflito muito sobre o final, ainda necessito de um debate com o thiago sobre o fim, sim é muito necessário, mas tu tem razão pq os próprios escritores falaram que o de MENOS era a ilha e a localização dela, mas sim as interações entre os personagens e as histórias de cada um. sim, eu ainda ando emocionada com o fim do lost que é um marco na minha vida :( me acompanhou por tantos momentos, me fez chorar quantas vezes, morrer de raiva, ficar tensa, boiar por tanto tempo, me apaixonar pelo Sawyer e pelo Boone (momento babei), e agora é uma nova etapa da minha vida. haahhaaha
ai que momento fim de novela do maneco com todos os depoimentos :~

Unknown disse...

Se tem alguma coisa que eu poderia escrever um livro sobre, seria esse seriado.

Independentemente da história (e do fim que ela teve), esse seriado representou algo diferente que nunca havia acontecido na televisão: uma história inteligente, carregada de mitologia, filosofia, ciência e humanidade. E a interatividade com os telespectadores, já que o seriado não se conteve em ficar apenas na televisão, e se espalhou para diversas outras mídias. Esses foram os grandes diferenciais de Lost, que com certeza é uma masterpiece televisiva.