11 outubro, 2010

9 a.m.

uma cama com o sol da manhã.
na arquitetura o professor de conforto ambiental ensina que isto é benéfico para a saúde: os tais raios matinais possuem uma tal frequência de luz capaz de matar uns tais germes e esterilizar o ambiente. [se não esterilizam ao menos tornam mais saudável e agradável.]
mas esse conteúdo é superficial.

se alguma vez você teve a sorte de estar num quarto com uma janela, essa janela voltada para o leste (considerando que você mora no hemisfério sul) e aberta, você sabe bem do que estou falando. Tá, mais ou menos. Além disso precisa estar ensolarado [parece óbvio].

porém eu quero falar de algo não tão óbvio, e não-comentado em nenhuma aula de arquitetura:
experimente estar nesse quarto, agraciado com o sol da manhã, numa (manhã) de primavera e com a companhia ideal. É, aquela companhia que se deita do teu lado com leveza. Te toca no rosto, comentando teus sinais de pele e achando todos lindos. Canta uma música dos beatles - mais clichê impossível - rindo alto. E depois vocês conversam amenidades: tu apertando os olhos pra ver a outra pessoa contra a luz forte, a outra brincando com um botão pequeno do teu casaco.
e então acontece. se pela alegria do novo dia, ou pelos muffins do café-da-manhã; se pelo jeito que tu sorri, pelos raios de sol que entram ou pela noite bem dormida.. por tudo isso ou ainda outras coisas acontece tão lindo. Tão intenso, que ofusca o próprio sol.  É capaz de matar todos os germes do pensamento, esterilizar a alma pra semana inteira e ainda compor uma nova-bossa-nova.

2 comentários:

Unknown disse...

Hah! A janela do meu quarto fica voltada pro leste.

Grandesbosta, Thiago.

Carolinda disse...

caralho laurie, chorei com este.