14 novembro, 2009

pensamentos I

(...)tô com vontade de falar. falar e falar, até gastar as palavrinhas.
na verdade a vontade é de escrever, porque a minha escrita costuma me representar muito melhor do que a minha voz.
O problema(?) é que eu simplesmente não tenho nada a dizer. Quer dizer; tenho até demais. Provavelmente nada de muito interessante, ou ainda, nada que vá interessar a vocês.
Não me importo. Não vou me preocupar em ser coerente, em exibir coesão. Vou falar dos peixinhos que ganhei:
são quatro, laranjinhas com branco (mas não se parecem com o nemo). Dei os nomes de John, Paul, George e Ringo. Gostei, chego na beira do chafariz e digo em voz alta "Beatles, onde vocês estão? venham comer a ração".
Vou falar da raiva que eu tenho de mentiras. Raiva. As pessoas vão sempre naquela máxima de que "a mentira tem perna curta". Pra mim ela é manca, é aleijada, não tem pernas, nem braços, nem tronco. Ela não é concreta, jamais.
Vou falar também de como o dia de hoje está vago; ou (melhor) como eu estou vaga no dia de hoje. São sete da noite. Poderia ser nove da manhã ou três da madrugada, me sinto inerte mediante as horas que vão passando sem registro.
Mas posso falar também da música que toca no rádio, e eu gosto. É o mestre Bob (marley). E derrepente isso me traz uma paz, uma alegria, uma vontade de cantar junto...
"cause when you worry your face will frown, and that will bring everybody down. So don't worry, and be happy la la la".
É, estou alegre, feliz. O dia ontem foi bom, a noite também. Estou cansada. Não por causa de ontem, nem da semana; estou cansada de algumas coisas, de algumas pessoas, de algumas histórias.
Estou com vontade de fazer uma tatuagem, mais uma. Estou com essa vontada faz tempo, e ela não tende a diminuir. Tenho o desenho pronto na minha cabeça, mas não consigo expressá-lo no traço. E muito menos consigo alguém que o faça pra mim.
Preciso pensar mais um pouco, preciso escolher o local (braço? costas? perna?) preciso criar coragem, preciso ter dinheiro. Preciso esperar o verão passar.
Ahhh, idéias. Pensamentos. Posso continuar, e falar, e escrever, e compartilhar as aleatoriedades que vagam pela minha mente e se convertem em caracteres muito mais por reflexo do que por reflexão. Não, melhor não. Vou levantar, tomar uma água, fazer um carinho no totó. Vou caminhar pela casa sem direção, olhando pras coisas e tentando encontrar algo que justifiquei minha movimentação até ali. Vou me distrair com a vida.

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