12 novembro, 2009

responsa, oi?

A madrugada é tirana. Nela surgem nossas melhores idéias,
nela tentamos esvaziar a mente e esquecer o dia que passou.


Aqui estou eu precisando descansar, mas com uma necessidade absurda de falar sobre algo que me tirou o sono.: responsabilidade.
Caso você nunca tenha ouvido este verbete, segue a definição do nosso velho amigo Aurélio:

Responsabilidade

s.f. Obrigação de responder pelas ações próprias ou dos outros. / 

Caráter ou estado do que é responsável.

Será que precisa ser mais claro? será que tem algum conjunto de palavras que eu possa exprimir aqui e que esclareça melhor o que significa ter responsabilidade?

É mesmo incrível

Quando eu falo de responsabilidade, não estou falando de nenhuma específica, e logo, me refiro a todas: cuidar do seu cãozinho ou do gato da vizinha, tirar as fotos no casamento do seu primo, não se embriagar quando está motorizado, zelar pelo bom estado do vestido glamuroso que sua amiga lhe emprestou, não deixar o CD do Bob Dylan fora da caixinha nunca(...), e também; estudar (precisa da definição também?).

Fico pasma ao ver o descaso das pessoas, dos universitários com quem compartilho horas intermináveis em sala de aula. O celular é mais importante, a unha por fazer é mais importante, a festa do final de semana é mais importante, o ócio é mais importante. Onde está, PELOAMORDEDEUS a responsabilidade desses sujeitos? Onde está o compromisso com a sua própria educação e o aprimoramento do seu conhecimento? Aonde ficou (perdida) a fome constante do alimento intelectual?

E no ápice desta cena está a caricatura mais clássica da falta de responsabilidade: o trabalho em grupo. Chega a ser promíscuo. Aquelas pessoas desinteressadas citadas ali em cima são requeridas a se juntar para poder (quem sabe) compartilhar a falta de vontade em evoluir: o caos é total. 

Se alguma data for marcada, com certeza não será respeitada. Se algum encontro está previsto, melhor ir previnido com um bom livro - enquanto espera que talvez alguém apareça. O trabalho em grupo é tão virtual e desconexo que chega a ser surpreendente. E a supresa fica justamente ao lembrarmos que sempre há um desgarrado que ao final, faz o trabalho todo, e aceita incluir o nome dos infelizes tiranos.

C 'est La Vie, não é mesmo?

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