27 fevereiro, 2010

stop and stare.

Observar não é o meu forte.
Ultimamente, porém, andei me interessando em olhar as pessoas.
Olhar sem interesse, preconceito ou inveja. Olhar por olhar, por sentir, por entender. Qual não foi minha surpresa, há uma porção um tanto variada de gente por aí!

Gente alta, baixa, bela, feia; ruiva, loira, morena e camaleão. Gente que usa milhares de adornos, adereços, cores e formas. Gente clássica, básica, simples; sofisticada, elegante, impressionante.

Mas tudo isso é externo. O que realmente me comove é o que há por dentro.

Há pessoas inteligentes, que sabem debater bons assuntos, defender um ponto, argumentar. Há aquelas que não gostam de discussões e preferem aceitar qualquer posição, ou nem ouví-las.
Há quem socialize com todos, do cachorro da vizinha à namorada da melhor amiga sem se embaraçar; mas há quem não consiga encarar sua própria família ou par e dizer algumas verdades.
Algumas pessoas são atraentes, de mais! Seja pelo jeito de olhar, falar, rir ou apenas ser. Outras se esforçam tanto, mas não saem nunca da sombra. Algumas cantam afinado, tocam instrumentos com perfeição e gostam da boa música; enquanto outras se contentam com o que está na moda, toca na rádio e gruda na cabeça.
Tem gente que nem gosta tanto assim de música, de filmes e de arte. Acreditem!

Certas pessoas são fracas, em todos os sentidos. Outras são fortes e ainda dividem sua força com quem precisa. Há velhos, e novos. Ricos e pobres. Loucos e aventureiros que se abrem para a vida e vivem o momento. Conservadores, tradicionais, clássicos e puritanos. Há pessoas honestas e outras nem tanto.

Há gente que ama. Se entrega, se abre, se doa. Gente que gosta de gostar, que supera diferenças e aceita as fraquezas. Que contraria a própria natureza selvagem do ser humano. Pessoas que seguidas vezes se enganam confiando em um outro, acreditando que pode alguma vez ser diferente, e que há alguém como ele - disposto a se esforçar, e funcionar.
Em contrapartida, há muitos daqueles céticos, que acreditam apenas em si mesmo. Creem que o amor é patético, ilusório e degradante. Pensam que entrega é sinônimo de dor, que orgulho é prova de superioridade, que raiva é capaz de curar. Que quando estão com alguém não se conformam por não estarem com outro. Que se estão sozinhos ficam à caça eterna da próxima vítima.

E nessa onda de observações, tentei me ver. Tentei não julgar outrem e não criar conceitos distorcidos pela minha mente estreita. E aqui apenas lhes digo que na loucura que são as interações humanas, às vezes observar pode ser uma ótima estratégia para nos blindarmos contra quem não nos convém.

2 comentários:

Unknown disse...

mas manda muito essa guria çç

Unknown disse...

Ótimo texto!
Tenho um certo costume de observar tudo, tento sempre extrair informação pelos olhos até mesmo do abstrato. E é incrível como a observação estimula a nossa criatividade, que pra mim é tão importante. Observar pessoas é tão incrível quanto observar a natureza ou outros objetos, graças à busca pelo desconhecido, aquilo que sempre fascinou a nossa mente e nos evolui cada vez mais em todos os aspectos.

Observação é uma ciência, bem difícil e complexa, por sinal =]